quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Carmem Miranda: uma celebridade a molde “exportação”

Ela é, até os dias atuais, a artista brasileira mais conhecida em solo americano. Sua imagem é encarada como o “simbolo” de nosso país. Frutas, coqueiros, dança, um clima tropical. “O que é que a baiana têm?”. Na verdade, o que é que o Brasil tem?!
Maria do Carmo Miranda da Cunha, ou simplesmente Carmen Miranda, curiosamente não nasceu aqui no Brasil. Nascera no Distrito do Porto, Portugal, no dia 9 de fevereiro de 1909, mas desembarcou em nosso país com menos de um ano de idade, na companhia obviamente de seus pais.
Sua “chegada” aos holofotes americanos se deu a partir da segunda metade da decada de 1930, quando a partir do filme “Banana da Terra” (1939), ela aparece interpretando a música que seria a sua marca consagrada, a canção “O que é que a baiana tem”, do cantor e compositor Dorival Caymmi.
Ali nascia um mito nacional. A bela mulher com um grande sorriso, vestida com turbantes, colares, e um arranjo de frutas na cabeça, seria o simbolo maior do Brasil nos Estados Unidos.
Foi então que no mesmo ano de 1939, o empresário americano Lee Shubert assistiu a uma apresentação de Carmen Miranda no Cassino da Urca, no Rio de Janeiro, e após a enorme surpresa, convidou Carmem a se aventurar fora de nosso país.
Carmen fez shows por toda a América Latina, e logo em seguida partiu a seu destino principal: os Estados Unidos. Por lá, foi sucesso imediato. Fez inúmeros músicais na Broadway, fez uma apresentação na casa branca para o então presidente Franklin Roosevelt, e estreou em seu primeiro filme americano “Serenata Tropical”. Tudo isso em 1940.
Depois disso só foi constatar a súbita conquista do sucesso. Dentre em pouco tempo, Carmem estava na lista dos artistas mais pagos do cinema norte – americano. Enfim, de 1940 a 1953, Carmem participou de 14 filmes em Hollywood, sem contar o sucesso dos shows na broadway.
Sua imagem até hoje em dia é conhecida em todo o mundo. Há quem não considere muito por considerar que esta consolidou uma imagem “caricata” de nosso país, mas o que não podemos deixar de considerar é que Carmen realmente foi uma artista a molde “exportação”.

Ass: Rafael Costa Prata
Mestrando em História na Universidade Federal de Sergipe

Um comentário:

  1. De fato, Carmen é o símbolo do Brasil no exterior, o que nem sempre é bom, pois perpetua a imagem de país 100% carnavalesco... Mas, tirando isso, admiro-a e gosto do alto-astral de seus filmes.
    Abraços!

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